quinta-feira, novembro 15, 2012

Pena preta, dedo podre, zica! Sai de mim!!

Em alguns momentos eu acho que numa vida passada eu usei lascas da cruz de Cristo para palitar os dentes e limpei os pés no Santo Sudário, ou fiz coisa pior, sei lá. O que você vai ler aqui é um retrato dos fatos que ocorreram comigo entre os dias 10 e 15 de novembro de 2012.

Sábado – 10/11: O dia estava quente e seco. O sol brilhava e era agradável, mesmo assim eu passei o dia todo em casa descansando para a corrida da noite, Fila Night Run. A largada era as 20:30 e, conhecendo o trânsito de São Paulo, eu saí cedo, às 18:00. Como era previsto tinha trânsito na Marginal Tietê e estava maior muvuca para poder estacionar perto do Anhembi. Consegui entrar no estacionamento somente às 19:30 e ao sair do carro eu vi algumas nuvens escuras, mesmo assim fui para a área de largada pensando em alongar. Faltando 40 minutos para a largada senti alguns pingos de chuva e logo em seguida, sem muito anúncio o mundo caiu em forma de água, foi muita, muita chuva! Dez minutos antes da largada chovia ainda mais e os raios deram o ar da graça, mesmo assim foi dada a largada e corremos. Já no segundo quilômetro os corredores começaram a afunilar e eu entendi o que acontecia, a rua estava alagada. Foram seis pontos de alagamento nos 10 km da corrida.

Domingo – 11/11: Outro dia ensolarado, mas dessa vez eu fui precavido, embora não haja muita coisa a fazer quando se compete com São Pedro. No show de abertura da Lady Gaga (sim eu fui...) choveu forte. Os pingos eram tão grossos que as vezes dava impressão de que eles iriam furar a capa. Felizmente foram apenas 30 minutos de chuva e foi possível aproveitar o restante do show.

Segunda-feira – 12/11: Acordei cedo para ir para a academia, chovia fraco e resolvi ir de carro. Quando liguei os faróis percebi que a lâmpada do farol direito estava queimada. Na hora de sair da academia chovia forte (todos os paulistas presenciaram isso) e ao chegar em casa, para minha surpresa, descobri que o prédio todo estava sem luz. Tive que tomar banho gelado mesmo, eu tinha uma reunião as 08:00 am. Corri para o escritório e cheguei com as pernas todas molhadas porque a chuva não dava trégua, mas só depois de chegar lá fui descobrir que a reunião tinha sido desmarcada.

Terça-feira – 13/11: Eu já havia agendado a revisão do meu carro com antecedência. Logo cedo fui para a agência da Peugeot e deixei o carro. Aproximadamente às 16 horas recebi uma ligação dizendo que o carro estava quase pronto e que eu poderia busca-lo às 17 horas. Dez minutos mais tarde uma nova ligação que começou mais ou menos assim:

“- Senhor Leandro” (lá vem bomba) “lamento informa-lo, mas ao retirar o carro do elevador o nosso mecânico passou em cima de uma peça e rasgou um pneu dianteiro do seu carro, mas fique tranquilo que vamos encontrar uma solução.”

A “solução” encontrada foi colocar o estepe para rodar e eles emprestaram um novo estepe até que eles encontrem um pneu com a especificação e desenho iguais ao que eles conseguiram estragar. A dúvida que ainda está no ar é se é possível andar com um pneu novo e outro que já rodou 16.000 km (pneus da frente). A Peugeot diz que não há problema, mas essa história ainda não acabou...

Quarta-feira – 14/11: Consegui adiantar algumas coisas no escritório e sai um pouco depois das 16h. Passei em casa, peguei a mala e fui para rodoviária. Cheguei a tempo e tudo correu bem. O ônibus saiu no horário (19:35) e, por incrível que pareça, a Serra do Cafezal não estava congestionada. Por outro lado, basta o meu cérebro processar a palavra “viagem” que o meu para-raio-de-louco liga. Já no Taboão da Serra uma senhora entrou no ônibus e encontrou a comadre na fileira ao lado da minha poltrona. A tal comadre não tinha volume na voz e de 30 em 30 segundos repetia “Verdade Neusa?!?!” ou “Nossa Neusa?!”, e a conversa se estendeu até as 22 horas quando a tal da Neusa foi para a poltrona dela no final do ônibus. Aproximadamente as 23:30 chegamos em Registro para jantar (20 minutos). Passei no banheiro, peguei uma pizza e comi rápido. Fui para a fila para pagar ainda com a latinha de Coca-Cola na mão. A fila estava gigante, mas até que andou rápido. Logo após pagar fui para o ônibus, mas adivinha... ele não estava lá. Encontrei um motorista da Reunidas e perguntei para ele, já temendo saber a resposta:

“- Você viu o ônibus 27222?”

“- Sim, já saiu.”

Saiu como?? Não foi anunciado no microfone!?! Eles não conferem o número de passageiros?

Aparentemente alguém da Reunidas pegou uma carona com o ônibus e o motorista ao invés de contar o número de passageiros +1 (o carona), viu que o número total batia e resolveu continuar viagem... e eu fiquei.

Encontrei o responsável dos ônibus da Reunidas em Registro e felizmente havia um lugar em outro ônibus que ia para Erechim. Fui de carona com esse ônibus até Curitiba e lá foi possível embarcar novamente no ônibus certo. O detalhe é que ninguém da Reunidas sequer veio dizer uma palavra sobre o ocorrido.

No trecho de Registro até Curitiba não consegui sequer cochilar, mas em Curitiba, já no ônibus correto eu pude descansar um pouco. Eu até que dormia bem quando o ônibus fez outra parada para lanche em Matinhos e a tal senhora gritou (sim, gritou) para a comadre que estava sentada no final do ônibus: “Neusa!!! Você vai descer?” (oooo mulher desgraçada!).


Tudo isso ainda foi potencializado por uma grande carga de trabalho (executar as tarefas de cinco dias em três por causa do feriado) e alguns outros fatores externos. Na boa... se isso for o prelúdio do meu inferno astral, eu não quero nem ver o que me aguarda.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Quando "ele" não comparece...


Alguns homens com certeza já passaram por isso e devem saber bem do que eu estou falando, como é difícil! Para as mulheres a coisa é bem mais tranquila e, nas poucas vezes que isso acontece com elas, é bem menos complicado, mas para os homens é evidente. Talvez seja essa cultura do "ser dominante" (que não consegue nem dominar o próprio corpo) que nos deixa tão abalados nessas situações.

Confesso que na hora eu fiquei frustrado, disse para mim mesmo, ainda cabisbaixo, "isso nunca aconteceu comigo!". Cheguei até sentir uma certa dose de vergonha. Alguém poderia dizer que qualquer um está sujeito a isso, mas só quem sente na pele (literalmente falando) sabe o que significa.

O lado bom da história é que existe uma luz no fim do túnel. Encontrei um profissional no assunto e estou fazendo tratamento. Segundo ele, o tratamento é eficiente e em breve o meu joelho estará bom novamente para que eu possa voltar a correr.