sexta-feira, agosto 27, 2010

Uma viagem tranquila? Nunca!

Na minha saída de Santa Maria eu assumi o compromisso de voltar para ministrar três mini-cursos. O tempo passou e a data do primeiro mini-curso chegou.

Quarta-feira, depois de uma correria danada no escritório, peguei um taxi para ir para o aeroporto de Congonhas. Por incrível que pareça, não tive problemas com o trânsito e o check-in correu na mais perfeita ordem. Pena que a tranqüilidade estava para acabar. O embarque atrasou uns 15 minutos, boa parte dos passageiros estava com pouca paciência já que os compartimentos de bagagem lotaram antes de completar o embarque e, como se não bastasse, ficamos quase meia hora esperando a torre de comando liberar a decolagem.

Já em Porto Alegre aproveitei pra fazer um lanche e me dirigi ao portão de embarque com destino a Santa Maria. Não sei bem o motivo, mas eu fiquei intrigado porque eu não lembrava o nome do hotel onde eu deveria ficar. Procurei o papel com a reserva do hotel e simplesmente não encontrei. Provavelmente, na minha saída, eu acabei esquecendo ou simplesmente perdi o papel. Sentei numa cadeira e fiquei pensando como poderia fazer para descobrir o nome do tal hotel. Tentei, tentei e nada. Depois de aproximadamente uns 40 minutos um nome veio à cabeça “Continental”... seria isso? Para confirmar a informação, liguei para um amigo meu e pedi pra ele verificar pela Internet se o tal hotel realmente existia. Alguns minutos depois veio uma mensagem de texto que confirmava a minha hipótese. Ufa!

Depois disso era só esperar o horário do vôo. Embarquei conforme programado. Apesar de ser um vôo TAM, a empresa que faz o trecho Porto Alegre – Santa Maria é outra. Ao entrar no avião eu tinha a nítida impressão de ter saído de um Vectra (avião da TAM) e entrado em um Fusca (avião da outra empresa). O detalhe é que não era apenas um Fusca, mas sim um Fusca velho. Até ligar os motores (era um avião bi-motor), algumas pessoas ainda tentaram conversar, mas depois que as hélices começaram a girar qualquer conversa se tornou impraticável.

O vôo estava previsto para durar 55 minutos, todavia, depois de um pouco mais de meia hora o piloto abriu o microfone e disse em meio a muitos ruídos:
“Más notícias pessoal, o aeroporto de Santa Maria está fechado por falta de visibilidade, teremos que voltar para Porto Alegre”.
Pois é... voltamos para Porto Alegre. O meu programa era que as 23:00 horas eu estaria no hotel. Bom... não funcionou. As 23h30min eu ainda estava no aeroporto de Porto Alegre esperando a van que traria eu e mais seis pessoas.

Depois de uma hora e meia de viagem paramos para jantar. Ao sair da van eu olhei para o céu e lá estava ela, bela e vistosa. A Lua brilhava e o céu estava aberto. Que fase!

domingo, agosto 22, 2010

Admirável mundo pequeno - parte IV, o retorno

Ontem fui convidado para ir jantar na casa de um colega de trabalho, mas como eu ainda estou a pé em São Paulo, bolei uma estratégia praticamente infalível que combinava preço vs. conveniência vs. velocidade para chegar na casa dele. Em poucos minutos o plano de ação estava definido: eu pegaria o trem da estação Berrini até a estação Pinheiros e de lá um taxi. Assim, eu não gastaria tanto com o taxi e também evitaria ter que sair do trem, pegar um ônibus e um metro. Obviamente que a coisa não funcionou assim.

Tudo andou como planejado até chegar na estação Pinheiros. Quando cheguei ao ponto de taxi, não havia taxi. Voltei até a portaria da Editora Abril (ali do lado) e ao me aproximar uma moça veio na minha direção dizendo “oi, você está precisando de taxi?”. Eu respondi que sim e então ela comentou que tinha me visto no trem, mas achou o povo “estranho” demais e ficou com medo. Meio que por impulso ela resolveu descer do trem e fazer o resto do trajeto de taxi. Assim como a minha estratégia, a dela não foi das melhores, mas essa não foi a primeira coincidência.

Enquanto tentavamos ligar para alguma central de taxi e esperávamos, ficamos conversando e ela perguntou de onde eu era, então eu disse “do interior de SC”. Ela perguntou “onde exatamente?” e eu respondi “Videira”. Para a minha surpresa ela disse “eu nasci em Videira, mas não conheço a cidade... morei pouco tempo lá”.

Conversa vai, conversa vem, perguntei onde ela mora agora e mais uma surpresa. Fiquei sabendo que o marido dela e ela haviam passado no concurso da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Santa Maria é a cidade onde eu estava morando antes de mudar para São Paulo e que ainda terei que voltar mais 3 vezes nesse ano para dar um minicurso.

Para os bons de matemática, quais são as probabilidades de você encontrar uma pessoa que: a) nasceu na sua cidade; b) ambos estão a mais de 700 km de distância da cidade natal; c) a cidade em questão tem mais de vinte milhões de pessoas; d) essa pessoa mora numa terceira cidade a mais de 1200 km de distância de onde vocês se encontraram; e) você também morou nessa terceira cidade;

sábado, agosto 21, 2010

eu e as contradições

Sei lá, mas parece que quanto mais eu digo que eu não quero algo, esse algo me persegue.

Um exemplo típico disso foi a história de morar em São Paulo. Quando voltei da França eu dizia que a penúltima cidade na minha lista de opções para morar era São Paulo (não vou falar qual era a última por puro medo).

Fato é que eu até resisti. Fui morar no Rio Grande do Sul, mas após quatro meses eu já estava de mudança pra São Paulo.

Enfim... já são quase dois meses que estou na terra da garoa, com umidade relativa do ar perto dos 15% - tem algo errado ou é impressão minha? - e até o momento não posso reclamar, principalmente no quesito profissional. Vamos aguardar e ver o que o futuro me reserva.