terça-feira, novembro 09, 2010

Da série: Mordendo a língua...

Se eu começar a contar, vou levar um susto. O problema é que nos últimos anos eu mordi a língua várias, inúmeras vezes. Dentre as mais célebres estão:

* "eu não vou ser professor" (se bem que eu atuei nessa área por pouco tempo);
* "salsa, coisa ridícula", e lá estava eu nas aulas de salsa;
* "morar em SP? capaz!", e aqui estou eu; e a última...

Eu estava em um congresso na semana passada e encontrei alguns conhecidos. No final do dia fomos todos para o único lugar aberto na cidade e tinha... adivinhe... uma dupla sertaneja cantando. Eram apenas duas opções: 1 - voltar para o hotel ou 2 - ficar lá. Opção 2 ganhou.

Até esse momento nada de mais. O problema foi no dia seguinte quando fomos para outra baladinha. Dessa vez a noite prometia pois era um DJ tocando os sucessos dos anos 80.
Passado de mais de uma hora na tal festa eu fui obrigado a concordar que o sertanejo do dia anterior estava melhor e mais animado.

Agora é provável que quando eu clicar no botão "publish post" caia um raio sobre mim e muitos dos meus amigos queiram me ver excomungado, mas infelizmente tudo isso é verdade. Acho que fui tomado de vez pelas drogas.

domingo, outubro 31, 2010

menos pior?

Eu não gosto de me expressar dessa forma, mas tem horas que não tem como ficar omisso.

Imagine a situação:
Você tem uma filha de 5 anos de idade e, por um motivo qualquer, você precisa deixar a sua filha com alguém. Infelizmente você tem apenas duas alternativas: a alternativa 1 é um estuprador, e a alternativa 2 é um estuprador e assassino.

Pois é, hoje nós escolhemos a alternativa 2.

Em tempo... nesses dias eu fiquei sabendo que apenas 6% do que é ministrado no ensino fundamental e médio é retido pelos alunos. Então eu repito aqui as palavras daquela pessoa: "... e o governo ainda acha que colocar computadores dentro das escolas é suficiente para melhorar a educação."

how boy!

Dear Lord! Look after us!

sábado, outubro 30, 2010

I've got a feeling

I1ve got a feeling that something is wrong... really wrong.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Orgulho de ser Brasileiro (?)

Acabei de voltar do cinema onde fui ver o filme Tropa de Elite 2. Talvez algumas das palavras aqui escritas sejam movidas por algumas das (muitas) mensagens deixadas pelo longa metragem e um pouco carregadas.

Apesar do que foi exposto na película ser uma obra de ficção, na minha modesta opinião, ela expõe um lado vil, podre e sem nenhum escrúpulo da nossa sociedade. Como a coisa toda ficou retratada, o problema não está apenas nas camadas mais baixas, mas sim em todos os níveis e envolvendo todos os setores da sociedade.

Sim, é apenas um filme, mas devemos parar e refletir sobre isso fazendo uma auto-crítica. Não importa qual é o governo, qual é partido político, o que importa é como agimos perante as situações. Aquilo que está nas telas do cinema hoje provavelmente terá uma repercussão grande, pessoas vão bradar a sua indignação (assim como eu aqui) aos quatro ventos, porém logo tudo será esquecido. Na prática nada mudará, infelizmente.

Não sei ao certo dizer o que eu realmente sinto, talvez isso tudo seja uma mistura de tristeza, vergonha, indignação, impotência... só sei que somos um povo fraco e sem moral. Achamos bonito condenar os políticos corruptos (alguém lembra em quem votou no último domingo?) mas somos os primeiros a nos vangloriar por ter “colado” numa prova, levado vantagem no troco do supermercado ou ter conseguido sonegar algum imposto.

O que importa é que enquanto continuamos agindo de uma forma medíocre, sempre pensando nos próprios interesses, podem filmar outros “Tropa de Elite” e nós continuaremos atolados nesse lamaçal fétido.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Ten years on the road!

Amanhã, 11 de setembro de 2010 irão completar dez anos que eu desgarrei da saia da mamãe e do conforto de morar na casa dos meus pais.

Dez anos atrás eu embarcava num ônibus de Videira pra Floripa. Medos, esperança, incertezas e alguns outros sentimentos menos nobres que estão mais ligados à fisiologia humana. Três dias mais tarde eu havia voltado pra casa com a desculpa das mais esfarrapadas, mas na verdade era saudade pura.

Nossa... dez anos passaram rápido, muito rápido. As vezes é até difícil lembrar de tudo o que aconteceu, mas acho que o saldo foi positivo e bem variado. Fiz cinco grandes mudanças (duas vezes pra fora do Brasil), mordi a língua uma infinidade de vezes, conheci lugares e encantadores, culturas intrigantes, pessoas simpáticas e prestativas, outras pessoas nem tanto mas faz parte. Acho que não fiz tantos amigos assim, mas aqueles que eu fiz são verdadeiros e são pessoas nas quais eu posso confiar.

Enfim, vamos celebrar esses dez anos e aguardar os próximos dez porque a coisa só tende a melhorar :-)

sexta-feira, agosto 27, 2010

Uma viagem tranquila? Nunca!

Na minha saída de Santa Maria eu assumi o compromisso de voltar para ministrar três mini-cursos. O tempo passou e a data do primeiro mini-curso chegou.

Quarta-feira, depois de uma correria danada no escritório, peguei um taxi para ir para o aeroporto de Congonhas. Por incrível que pareça, não tive problemas com o trânsito e o check-in correu na mais perfeita ordem. Pena que a tranqüilidade estava para acabar. O embarque atrasou uns 15 minutos, boa parte dos passageiros estava com pouca paciência já que os compartimentos de bagagem lotaram antes de completar o embarque e, como se não bastasse, ficamos quase meia hora esperando a torre de comando liberar a decolagem.

Já em Porto Alegre aproveitei pra fazer um lanche e me dirigi ao portão de embarque com destino a Santa Maria. Não sei bem o motivo, mas eu fiquei intrigado porque eu não lembrava o nome do hotel onde eu deveria ficar. Procurei o papel com a reserva do hotel e simplesmente não encontrei. Provavelmente, na minha saída, eu acabei esquecendo ou simplesmente perdi o papel. Sentei numa cadeira e fiquei pensando como poderia fazer para descobrir o nome do tal hotel. Tentei, tentei e nada. Depois de aproximadamente uns 40 minutos um nome veio à cabeça “Continental”... seria isso? Para confirmar a informação, liguei para um amigo meu e pedi pra ele verificar pela Internet se o tal hotel realmente existia. Alguns minutos depois veio uma mensagem de texto que confirmava a minha hipótese. Ufa!

Depois disso era só esperar o horário do vôo. Embarquei conforme programado. Apesar de ser um vôo TAM, a empresa que faz o trecho Porto Alegre – Santa Maria é outra. Ao entrar no avião eu tinha a nítida impressão de ter saído de um Vectra (avião da TAM) e entrado em um Fusca (avião da outra empresa). O detalhe é que não era apenas um Fusca, mas sim um Fusca velho. Até ligar os motores (era um avião bi-motor), algumas pessoas ainda tentaram conversar, mas depois que as hélices começaram a girar qualquer conversa se tornou impraticável.

O vôo estava previsto para durar 55 minutos, todavia, depois de um pouco mais de meia hora o piloto abriu o microfone e disse em meio a muitos ruídos:
“Más notícias pessoal, o aeroporto de Santa Maria está fechado por falta de visibilidade, teremos que voltar para Porto Alegre”.
Pois é... voltamos para Porto Alegre. O meu programa era que as 23:00 horas eu estaria no hotel. Bom... não funcionou. As 23h30min eu ainda estava no aeroporto de Porto Alegre esperando a van que traria eu e mais seis pessoas.

Depois de uma hora e meia de viagem paramos para jantar. Ao sair da van eu olhei para o céu e lá estava ela, bela e vistosa. A Lua brilhava e o céu estava aberto. Que fase!

domingo, agosto 22, 2010

Admirável mundo pequeno - parte IV, o retorno

Ontem fui convidado para ir jantar na casa de um colega de trabalho, mas como eu ainda estou a pé em São Paulo, bolei uma estratégia praticamente infalível que combinava preço vs. conveniência vs. velocidade para chegar na casa dele. Em poucos minutos o plano de ação estava definido: eu pegaria o trem da estação Berrini até a estação Pinheiros e de lá um taxi. Assim, eu não gastaria tanto com o taxi e também evitaria ter que sair do trem, pegar um ônibus e um metro. Obviamente que a coisa não funcionou assim.

Tudo andou como planejado até chegar na estação Pinheiros. Quando cheguei ao ponto de taxi, não havia taxi. Voltei até a portaria da Editora Abril (ali do lado) e ao me aproximar uma moça veio na minha direção dizendo “oi, você está precisando de taxi?”. Eu respondi que sim e então ela comentou que tinha me visto no trem, mas achou o povo “estranho” demais e ficou com medo. Meio que por impulso ela resolveu descer do trem e fazer o resto do trajeto de taxi. Assim como a minha estratégia, a dela não foi das melhores, mas essa não foi a primeira coincidência.

Enquanto tentavamos ligar para alguma central de taxi e esperávamos, ficamos conversando e ela perguntou de onde eu era, então eu disse “do interior de SC”. Ela perguntou “onde exatamente?” e eu respondi “Videira”. Para a minha surpresa ela disse “eu nasci em Videira, mas não conheço a cidade... morei pouco tempo lá”.

Conversa vai, conversa vem, perguntei onde ela mora agora e mais uma surpresa. Fiquei sabendo que o marido dela e ela haviam passado no concurso da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Santa Maria é a cidade onde eu estava morando antes de mudar para São Paulo e que ainda terei que voltar mais 3 vezes nesse ano para dar um minicurso.

Para os bons de matemática, quais são as probabilidades de você encontrar uma pessoa que: a) nasceu na sua cidade; b) ambos estão a mais de 700 km de distância da cidade natal; c) a cidade em questão tem mais de vinte milhões de pessoas; d) essa pessoa mora numa terceira cidade a mais de 1200 km de distância de onde vocês se encontraram; e) você também morou nessa terceira cidade;

sábado, agosto 21, 2010

eu e as contradições

Sei lá, mas parece que quanto mais eu digo que eu não quero algo, esse algo me persegue.

Um exemplo típico disso foi a história de morar em São Paulo. Quando voltei da França eu dizia que a penúltima cidade na minha lista de opções para morar era São Paulo (não vou falar qual era a última por puro medo).

Fato é que eu até resisti. Fui morar no Rio Grande do Sul, mas após quatro meses eu já estava de mudança pra São Paulo.

Enfim... já são quase dois meses que estou na terra da garoa, com umidade relativa do ar perto dos 15% - tem algo errado ou é impressão minha? - e até o momento não posso reclamar, principalmente no quesito profissional. Vamos aguardar e ver o que o futuro me reserva.

terça-feira, junho 01, 2010

Guess who is back?!

Na verdade ainda não voltei, mas em breve teremos novidades :-)

quarta-feira, maio 19, 2010

se não acontecesse comigo, eu não acreditaria

Pergunta: Qual a função do administrador do banco de dados?
Reposta (do aluno, com uma semana para pesquisar): administrar o banco de dados.

terça-feira, maio 18, 2010

E quem “paguei” a conta??

Dia 17/05 foi feriado em Santa Maria (RS) e eu aproveitei pra ir pra casa visitar a família. Em todas as semanas eu cumpro as minhas 40 horas até na quinta-feira e, além disso, eu tenho trabalhado todas as sextas. Assim, resolvi “matar” a minha quinta-feira (13/05) e viajar nesse dia. Dessa forma eu pude aproveitar o máximo, até porque a viagem só de ida leva um pouco mais de oito horas.

Quinta-feira, 13 de maio, levantei cedo (03:40) e as 4:10 eu já estava saindo da garagem do prédio. O primeiro sinal de que algo estava errado foi dado no semáforo... melhor dizendo, nos semáforos. Da minha casa até a saída da cidade são aproximadamente oito deles. Com toda a certeza sete estavam fechados, mas mesmo assim não me aborreci e continuei a viagem.

A viagem rendia bem. Não havia trânsito (também nessa hora?! Quem é louco de sair pra viajar tão cedo??), o céu estava estrelado e o asfalto relativamente bom. Nada lembrava os sinais vermelhos, até chegar perto da cidade de Cruz Alta. Você sabe o que é neblina? Pois bem... e conseguia ver uns 3 metros a frente do carro de tanta neblina. Andei aproximadamente uns 30 Km nesse ritmo de tartaruga e começou a chover. Quase errei o trevo de acesso, mas como eu havia cometido esse erro da última vez que eu fui pra casa, nessa vez eu estava mais atento.

Passada a parte da neblina a estrada começou a piorar. Por volta das 6:30 am apareceram uns buracos daqui, outros dali, mas nada que chamasse a atenção. Do nada eu ouvi um estouro e aquele barulho de pneu furado. Aparentemente eu não passei por um buraco, mas sim em uma cratera lunar. Encostei e olhei a garoa lá fora (não havia clareado ainda). A solução era sair e ver o tamanho do estrago. Pelo tamanho do barulho eu já sabia que o pneu tinha passado dessa para outra, mas eu estava torcendo pra que nada tivesse acontecido com a roda.

Ainda com um pouco de garoa eu dei uma olhada no pneu e fui montar o triângulo. Felizmente a garoa parou e lá fui eu: chave de roda, macaco e estepe. Após 30 minutos eu voltava para a estrada e já era dia. Os 300 km restantes foram uma mistura de indignação e medo. Indignação por não ter visto a tal cratera e ter acabado com um pneu que havia rodado pouco mais de 5.000 Km, já o medo se deu pela possibilidade de encontrar outro imprevisto desse tipo e não ter como sair do lugar sem a ajuda de terceiros. Felizmente tudo correu bem por chegar em casa.

Na tarde da quinta-feira, depois de saborear o almoço da minha mãe (tem coisa melhor do que isso??) fui procurar um pneu. Passei por todas as revendas de Videira e em nenhuma delas tinha o modelo usado no meu carro. Havia um modelo similar da mesma marca e que custava um olho da cara e mais o fígado. Pra melhorar (ou piorar), em praticamente todas as revendas o discurso era o mesmo: “O par de pneus deve ser o mesmo, caso contrário o veículo pode sofrer problemas na frenagem e bla bla bla”. Em suma... todos queriam vender 2 pneus e não apenas um. Nessa hora eu já estava vendendo o meu segundo olho e um rim pra pagar a conta.

Depois de muito procurar, pesquisar e negociar, finalmente encontrei uma revenda que tinha um pneu com as mesmas especificações que o original (mas de marca diferente), fabricação nacional (com selo do Inmetro) e não tão caro quanto o da marca original. Além disso, o dono da loja comprou o pneu bom. Assim, eu comprei dois pneus novos e vendi para ele o pneu que estava sem par. Alguém pode estar se perguntando: “mas porque você não colocou o estepe pra rodar?” ahhhh boa pergunta!!! E a resposta é simples: o aro original de fábrica é um (16) e o do estepe é outro (15).

No final das contas, o prejuízo não foi tão grande, mas eu fico me perguntando: “quem ‘paguei’ a conta?”
Pergunto isso pois eu pago IPVA, imposto sobre a gasolina e algumas vezes pedágio e mesmo assim as estradas são cheias de buracos.

sexta-feira, maio 07, 2010

eu até tento

Aos poucos eu vou tentando me adaptar ao novo ambiente, mas nem sempre as coisas ocorrem como queremos.

Eis que nesta busca pela adaptação, eu comecei a fazer aulas de dança. Diferentemente da França onde se aprendia um único ritmo, aqui nós "aprendemos" todos os ritmos imagináveis.

Quem sou eu para julgar a metodologia da escola mas, na minha opinião, tentar aprender vários ritmos ao mesmo tempo não leva a lugar algum. Mas o problema não é esse. O problema é o horário. Como eu só tenho as quintas e sextas a noite, eu faço aulas nesses dias. Ontem, por exemplo, a aula começou as 19:25, mas deveria ter começado as 19:00. Hoje fui até a escola novamente e a aula das 20:00 foi cancelada. O motivo? Não sei direito. Acontece que na sexta passada essa aula também foi cancelada.

Eu não sei direito quanto tempo eu vou ter paciência pra esse tipo de coisa.

Bingo!

Nada melhor do que meia tarde de ócio e inspiração.

Resultado: minha caixa de entrada tem apenas 27 e-mails.

Agora só falta saber por quanto tempo ela vai ficar assim :-)


P.S. - E esse "ócio" ainda rendeu 2 posts em um único dia!

santos ouvidos!

No meu emprego atual eu divido uma sala com outras 3 pessoas. Provavelmente na semana que vem seremos 5 pessoas no mesmo espaço, mas tudo bem...

O mais interessante disso é que a senhora que trabalha na sala ao lado consegue perturbar muito mais a minha concentração que os meus colegas de sala. A mulher fala tão alto, tão alto que as vezes nem com um fone de ouvido eu consigo deixar de ouvi-la.

Existe algum botão de volume nas pessoas? ou é um caso de "se-mancol" mesmo??

quinta-feira, abril 29, 2010

totalmente abandonado

é... eu sei...

O problema é que o "tempinho" que eu imaginei precisar para colocar a minha vida em dia está sendo bem maior do que o previsto.

Enquanto isso, a "bodega" aqui vai ficando às moscas.

Que fase!

Mas um dia eu volto!

segunda-feira, abril 19, 2010

ôoo dia!

É... hoje foi um tanto quanto... hummm... veja você mesmo(a)

07:30 - cheguei à Universidade

08:00 - início da aula para a turma do mestrado (noções básicas de redes de computadores)
11:30 - fim da aula

14:00 - reunião
15:30 - fim da reunião

15:30 - preparando material para aula da graduação

17:00 - apresentação de um colóquio, tema: linhas de pesquisa
18:00 - fim do colóquio

18:30 - aula para a graduação (Sistemas Operacionais)
19:10 - chamando a atenção de alguns alunos devido ao barulho
19:40 - aluno "X" é convidado a se retirar da sala (ele estava atirando pedaços de borracha em outros alunos - pode uma coisa dessas??)
20:05 - término da aula
20:20 - fim do expediente

quinta-feira, abril 15, 2010

Da série: A vida imita a arte...




Source: http://www.academia.edu/

quarta-feira, abril 07, 2010

Fui para o inferno e voltei (duas vezes) (final)

“-Lamento senhor, mas estamos em falta desse produto.”

Ao ouvir a tal frase eu só respirei fundo e olhei para a moça com uma mistura de raiva e tristeza.

Talvez por perceber o meu olhar, ou simplesmente por prática mesmo, ela disse que eu poderia ser reembolsado. OK, eu teria o dinheiro de volta, mas chuveiro lá de casa continuaria a me queimar (ou dar choque elétrico, ou me fazereu passar frio) todas as manhãs.

Como não havia alternativas viáveis (sim, sou um pouco conformista) aceitei o reembolso. Mass.... (olha o golpe), o reembolso não foi um reembolso. Ficou confuso? Pois... eu também. Acontece que eu não recebi o meu dinheiro de volta, mas sim um “vale compras” no valor do chuveiro. Obviamente esse tal vale só poderia ser usado no próprio BIG. O pior é que no mesmo dia (um pouco mais cedo, veja o post anterior) eu havia feito as minhas compras da semana. Então eu tinha 2 alternativas (3, na verdade): 1 – fazer o maior escândalo lá no BIG (não faz muito o meu estilo), 2 – comprar um monte de bobeira/porcaria com aquele valor, 3 – passar mais uma semana tomando banho quente (muito quente) e voltar lá em alguns dias quando o estoque teria sido reposto. Como eu já estava cansado de andar de um lado pro outro, acabei escolhendo a opção 3 e seis dias mais tarde eu estava novamente no setor de informações do BIG de posse de um chuveiro (dessa vez completo) para fazer a nota fiscal.

A parte mais difícil eu já tinha passado, agora vinha a parte fácil: instalar o chuveiro. Com a minha vasta experiência em fazer gambiarras e afins, instalar o chuveiro seria um passeio... santa ingenuidade!

Cheguei em casa e, sem mais delongas, fui encarar a super-tarefa de instalar o famoso chuveiro. Com todos os disjuntores desligados comecei a retirar o chuveiro antigo. O detalhe é que o chuveiro novo deve ficar perto da parede, então, além do chuveiro antigo, eu tive que tirar o cano. Teoricamente isso também seria fácil, mas o cano era de ferro e ele havia oxidado. Fiz força e um pouco mais de força... sequer moveu. Peguei uma chave de cano, fiz mais força e finalmente fez um barulho... estranho. Eu não consegui rodar o cano, mas o cano trincou. Nessa altura do campeonato eu estava na situação: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, já que não tinha como colocar o chuveiro velho e nem o novo.

Situações extremas exigem medidas extremas. Conversei com o colega do apartamento e peguei emprestada uma serra-cano (para serrar o cano, obviamente). Faltando só um pouquinho para terminar de serrar o cano, eu consegui a proeza: a serra quebrou.

Lá fui eu para a casa de ferragens (suado feito pinto de granja em dia de sol com 40 graus) para comprar uma luva (adaptador), uma serra nova, lixa e cola. De volta ao lar, munido de todos os equipamentos, finalmente eu pude terminar de colocar o chuveiro e apreciar um banho quente (mas não pelando) e sem levar choques.

Que fase!

sábado, março 27, 2010

Fui para o inferno e voltei (duas vezes) (parte 2)

Eis que eu tive a brilhante idéia de comprar um chuveiro novo, então lá fui eu. Como eu não conheço direito a cidade e nem os “melhores” lugares pra essas coisas, fui onde eu sabia que iria encontrar o chuveiro que eu queria: um supermercado. As duas opções eram o Carrefour e o BIG. Bom... no Carrefour eu entrarei só em situações extremas, pois nas duas vezes que eu passei por lá eu perdi ao menos 30 minutos na fila. Ok, ok, a primeira vez a culpa foi minha, já que eu fui no sábado ao meio-dia, mas a segunda vez na tem desculpa! Eu fui cedo e não havia tanta gente assim, mas o gerente do estabelecimento achou por bem deixar apenas três caixas trabalhando.

Restou então o BIG. Como o próprio nome diz, o BIG é grande, muito grande e, como era de se esperar, cheio de gente. Andei, andei e andei até que cansei e não encontrei o chuveiro. Perguntei para uns funcionários e, depois de andar ainda mais, encontrei os chuveiros literalmente escondidos perto da prateleira com os pneus.

Jóia!!! Chuveiro no carrinho parti para o caixa. Desviei de uns retardatários como crianças que corriam, velhinhas que conversavam, uns três torcedores do Internacional que discutiam o desempenho do time, outros três ou quatro torcedores do Grêmio que vangloriavam o desempenho do time no campeonato gaúcho (todos no meio dos corredores) até que finalmente cheguei ao caixa.

Desta vez a caixa foi eficiente e tudo correu bem. Agora eu estava livre para voltar pra casa e instalar o novo chuveiro, certo? Errado! Para poder ter a garantia do produto eu deveria passar no setor de informações e pegar a nota fiscal. Fui até o tal setor (inferno parte 1), peguei a senha (número 55) e para a minha tristeza eu ouvi a atendente chamar: Número 40! Havia 15 pessoas na minha frente. Todos com um humor, no mínimo, questionável, já que o esse setor é dedicado também as reclamações. Aproximadamente 40 minutos mais tarde, fui atendido. Passei todos os dados e finalmente consegui sair do mercado.

Já em casa, guardei as outras compras e fui instalar o novo chuveiro, mas não foi possível. Na embalagem veio apenas o chuveiro. Nada de manual, nada de mangueira e nada do bastão usado para regular a temperatura.

Respirei fundo, olhei pra cima e perguntei “porque comigo??”

30 minutos mais tarde, depois de escapar de uns três motoqueiros malucos, lá estava eu no balcão do inferno. Dessa vez foi a senha cento e alguma coisa.... outra espera e eu pude contar o que havia acontecido. Então a “moça” chamou uma responsável para ver o meu problema. A tal responsável chegou quase 10 minutos mais tarde, olhou o chuveiro e a nota e, dizendo algo enquanto virava na direção contrária, saiu andando. Eu? Fiquei lá esperando. Uns 15 minutos depois ela reapareceu e disse:

“-Lamento senhor, mas estamos em falta desse produto.”

(continua...)

terça-feira, março 23, 2010

Eu posso jurar...

... que esses caras devem ter me perseguido durante toda a minha pós-graduação:



fonte: PhD Comics

domingo, março 21, 2010

Fui para o inferno e voltei (duas vezes)

Algumas pessoas sabem, outras não, então vamos aos detalhes. Desde meados de dezembro eu voltei a morar no Brasil. Mandei uns CVs pra lá, outros pra cá, surgiram propostas de um lado, oportunidades de outro e umas apostas que eu resolvi não fazer (pelo menos por enquanto).

Enfim, aceitei uma proposta de emprego no RS. Estou trabalhando como professor numa universidade particular de Santa Maria e como conseqüência eu mudei de “mala e cuia” para o Rio Grande do Sul amado, tchê!

------ piada para os nerds de plantão ------
Mudança <- Mudança + 1;
------ fim da piada para os nerds de plantão ------

Como toda mudança, existem coisas que você traz e que são inúteis e existem coisas que você não traz e que são importantes, mas acho que isso é válido para qualquer pessoa.

O fato é que no momento eu moro num apartamento com outras duas pessoas e até o momento tudo está em ordem e em harmonia.

O único probleminha é o chuveiro do banheiro. Este é um chuveiro tradicional, de uma marca tradicional. Sendo tradicional ele tem 3 níveis: 1 – inverno, 2 – desligado e 3 – verão. Quando o chuveiro está na posição 1 – inverno, ele esquenta tanto que quase dá pra fazer chimarrão com aquela água, na posição 2 – desligado, a água vem gelada de tal forma que as vezes fica difícil de respirar, sobrou então a posição 3 – verão. Teoricamente nessa posição a água viria morna, certo? CERTO!! A água vem morna, mas o chuveiro dá choque (isso mesmo, pequenas descargas elétricas) quando você tenta abrir ou fechar o registro.

Resumindo... tomar banho virou um desafio e uma aventura. Apesar de gostar de uma pitada dos dois na minha vida, todos os dias já é demais. Então eu parti em busca de outro chuveiro, até pelo fato do chuveiro atual ser um modelo “tradicional”, eu já sei que ele não vai aquecer durante o inverno.

Continua...

quarta-feira, março 03, 2010

Reflexões interessantes :-) (parte II)

Enquanto eu não me inspiro e encontro tempo pra escrever, ficam as imagens ;-)

Obrigado ao Camilo pela dica!


segunda-feira, março 01, 2010

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

óbvio

Hoje eu lavei o carro e passei cera, o dia estava quente e ensolarado. Quando eu terminei, começou a chover.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

3 dias, 3 frases

dia 1:
(ela) passou protetor solar?
(eu) não, porque?
(ela) e vc acha que só tem sol na praia???

dia 2:
(eu) desculpa... essa foi a terceira vez q eu bati no seu pé
(ela) isso nas suas contas, né?

dia 3:
(eu) e esse tal museu é legal?
(ela) como eu vou saber? eu nunca fui lá!

terça-feira, janeiro 12, 2010

Dicas para quem vai extrair o dente do siso

1 - Passe ao menos 30 dias (antes da cirurgia) sem tomar sorvete e sopa. Você certamente irá enjoar disso tudo já no primeiro dia.

2 - (apenas para os homens) faça a barba na noite anterior ou algumas horas antes da intervenção. Nos primeiros 4 dias será pouco provável você conseguir passar a lâmina de barbear no rosto. Eu, por exemplo, fiquei parecendo um ogro!

3 - Não compareça a reuniões de família ou confraternizações entre amigos logo após a cirurgia. Enquanto todos estarão bebendo e comendo carne à vontade, você vai, no máximo, sentir o cheiro.

4 - Alugue uns 30 filmes. Esses serão os seus melhores amigos, pois você não precisará abrir a boca (sim... até mesmo isso faz você sentir dores).

5 - Fique alheio de todas as festas, baladas, bailes ou outra atividade social ao seu redor. Já é ruim saber daquela festa que você tanto queria ir e ter que ficar em casa. O pior ainda é encontrar algum conhecido que vem falando "noooossssaaaaa!!! a noitada foi animal!!! cheguei em casa as 07:00 da manhã".

sábado, janeiro 09, 2010

Pela estrada afora, eu vou bem sozinho... (final)

Brasil!! Um país de todos! Que coisa bonita.

Já no controle de passaporte aquela fila imensa, gente furando a fila (quando possível) e barulho, muito barulho! Foi nessa "caminhada" de 20 minutos que eu realmente percebi que estava em "casa". Não foi devido à fila, mas por causa de um conterrâneo que gritava para alguém na fila dos gringos (em português, é claro) a seguinte frase:

"Viuuuuu!!! Fica ai que nóis vai buscá as mala. Nóis si incontra no fri shopiii"

Depois dessa obra-prima da língua portuguesa, passei o controle de passaporte, peguei as minhas malas, passei o controle de alfândega e pude esperar a minha carona.

Em menos de 10 minutos o meu amigo estava lá e fomos para a casa do pai dele.

A experiência em São Paulo foi uma combinação de receptividade, decepção e medo. Explico: a família do meu amigo foi fora de série. Na verdade fui extremamente bem recebido e me senti super à vontade com eles (nota 10). A decepção ficou por conta da salsa. Na mesma noite resolvemos ir para a salsa, afinal, a parada em SP tinha um motivo específico ;-) Fomos a duas casas onde se toca salsa. Os dois ambientes deixaram a desejar por dois motivos. 1 - muito cheio; 2 - ninguém dançava (nem vou entrar no mérito do preço). Tanto um quanto outro pareciam muito mais uma balada com música de salsa do que propriamente um local pra dançar salsa. O quesito medo foi pelo simples fato de ter que andar em SP. Na primeira noite em que saímos em busca da salsa, ficamos parados mais de 40 minutos em um congestionamento. Isso até seria "aceitável" se não fosse o detalhe de serem as 02h50min e a visão de vários indivíduos, digamos, suspeitos andando a pé entre os carros.

Enfim, no dia 13/12 outro congestionamento e peguei o ônibus para viajar de São Paulo a Videira. Essa viagem foi também particular (pelo menos o ônibus era leito). A saída correu bem, apesar do trânsito caótico de SP. Depois do filme que eu ignorei por completo, resolvi dar uma dormidinha, mas quem disse que foi possível? O indivíduo da poltrona a frente da minha ficou com a luz acesa até as 00h30min e, apesar do foco da luz estar direcionado para a poltrona dele, aquilo atrapalhava muito. Quando o feliz resolveu dormir, alguma outra criatura (provavelmente um bípede) resolveu roncar. Moral da história, passava das 02h00min e eu ainda estava com os olhos que pareciam duas bolicas. Depois disso acabei dormindo, mais de cansado do que qualquer outra coisa.

Passadas 12h30min de viagem, finalmente cheguei à minha adorada (às vezes nem tanto) terra natal.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Pela estrada afora, eu vou bem sozinho... (2)

Respondi:
"Não, ninguém me avisou!!"

"Acontece que o seu vôo Zurique - São Paulo foi cancelado já faz mais de seis meses"

Naquele momento me deu vontade de mandar todos pro inferno, mas como sempre, respirei fundo e pensei "agora fodeu!"

Fui em direção ao balcão de atendimento para tentar encontrar uma solução. Telefona daqui, telefona dali e todos os vôos para o Brasil que a Swiss operava ou tinha parceiros estavam lotados. Finalmente veio a proposta final, ficar mais 24h em Nice num hotel e pegar o vôo do dia seguinte. Ponderei as alternativas (não tinha muitas mesmo) e aceitei. Tentei de todas as maneiras conseguir uma compensação (por exemplo, voltar para SP na classe executiva), mas nada... a única coisa que eu consegui foi um voucher para o almoço no dia seguinte.

Nesse meio tempo ainda liguei pra um amigo meu, já que deveríamos nos encontrar em SP na manhã do dia 10/12 e expliquei a situação.

Passados uns 40 minutos, a van do hotel finalmente apareceu. Apesar ter ficado num hotel bom (4 estrelas), a noite foi relativamente conturbada. Dormi mal e não havia nada na TV (bom... isso eu já sabia). Na manhã seguinte ainda sai para dar uma caminhada, mas como o hotel e o aeroporto ficam a 7 km do centro de Nice, não tive muitas opções.

Obviamente eu poderia ter ido de ônibus, mas a empresa aérea pagou apenas uma diária, e isso significa que eu precisei fazer check-out do hotel as 12h00min h. Assim, almocei e me encaminhei mais uma vez para o aeroporto e mais uma vez munido do livro.

O vôo Nice - Zurique correu bem e, apesar de precisar atravessar todo o aeroporto (caminha, escada, caminha, caminha, trem, caminha, escada, caminha, caminha, caminha, caminha, caminha e caminha mais um pouco), cheguei ao portão de embarque com uma folga relativamente boa, tanto que ao chegar ainda havia lugar pra sentar.

Outra vez procurei refúgio no meu livro e fiquei alheio ao que acontecia ao meu redor. Chegada à hora do embarque, eu parti em busca do meu assento dentro da aeronave.

Chegando perto do meu acento, os prognósticos não eram bons. Havia crianças chorando e gritando. Olha daqui, confere dali e o momento fatídico chegou. Como fora prometido pela empresa aérea, eu sentaria no corredor, mas na minha direita estaria uma mãe, uma criança de uns quatro anos, outra criança de uns seis anos e mais uma criança de colo. Olhei pra cima e pensei comigo mesmo "por quê??? por quê???".

Entretanto, as minhas preces foram ouvidas e o comissário de bordo perguntou se eu aceitaria trocar de lugar com o pai da prole. O homem estava sentado também no corredor, mas do outro lado. Sem ao menos titubear, eu disse:

"Mas é claro, eu não ousaria deixar uma família separada" (sim, foi quase maquiavélico).

Acabei sentando do lado de uma brasileira e conversamos um pouco, foi através dele que eu soube que outros 2 brasileiros estavam sendo deportados, mas não entrei em detalhes. O fato curioso ocorreu quando ela perguntou de onde eu era. Respondi que eu sou do interior de SC, mais curioso ainda foi quando ela pediu exatamente de onde eu era. Respondi "Videira" e ela começou a rir... a tal menina é de Treze Tílias (exatos 27 km de distância de Videira).

O resto do vôo foi mais uma combinação de horas mal dormidas e espera. Por volta das 07h30min do dia 10/12, finalmente coloquei os pés em solo brasileiro.

continua...

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Pela estrada afora, eu vou bem sozinho...

O fatídico dia de deixar a França chegou. Era 09 de dezembro de 2009.

A parte da manhã fora reservada para limpar a casa, pois na função de arrumar malas, despachar livros e me livrar de uma papelada interminável, eu parecia estar morando num local que nunca havia visto uma vassoura.
Embora eu estivesse cansado, levantei cedo e comecei a limpeza. Por volta das 10h00min h tudo já estava pronto, então fui atrás de um taxi para que me levasse ao aeroporto. Depois de ter deixado o rim combinado com o taxista, voltei pra casa.
As 13h30min estava marcada a vistoria do imóvel. Numa pontualidade inglesa, a mãe do proprietário, uma senhora simpática de 89 anos, ligou pra mim dizendo que já estava na frente do prédio. Desci para buscá-la e começamos a conversar. Numa rápida olhada ela disse que tudo estava OK e começou a contar parte da sua vida. A conversa foi agradável e acho que a velhinha gostou de mim, pois ela pediu se eu era solteiro e ainda disse que tinha uma neta muito bonita :-)

Exatamente às 14h30min a senhora partiu com as chaves e lá estava eu aguardando o taxi com uma mala grande (28 Kg), uma mala média (26 Kg) e uma mala pequena (14 Kg), além de uma mochila que deveria pesar outros três ou quatro quilos.
Como eu havia marcado o taxi para as 15h00min h, sentei no meio-fio para esperar e observar o local onde eu havia vivido nos últimos 16 meses.

Na hora marcada, o taxi chegou e nos encaminhamos para o aeroporto. A viagem foi tranquila, pois não era hora do rush e o motorista optou por ir pela "Bord de Mer", isso também permitiu uma última olhada de perto daquele mar azul-anil (ai que aperto no coração). O aperto no coração não era de partir, mas sim o partir sem a perspectiva de voltar.

Aproximadamente 15h40min eu já estava no terminal 1 do aeroporto de Nice. Verifiquei o horário do check-in e descobri que o meu abriria somente às 16h45min. Como eu me conheço, resolvi passar no balcão da Swiss International Airlines para confirmar o peso das bagagens. Como a minha passagem havia sido comprada no Brasil, eu tinha direito de 2 peças de 32 quilos e uma bagagem de mão. Depois de uma rápida olhada, tudo estava OK (música-tema de fundo que representa um milagre!).

Como havia ainda 1 h de espera antes do check-in abrir, sentei num banco e comecei a ler o livro Plataforma. Faltando uns 10 minutos para o check-in abrir. Depois de aproximadamente 30 segundos na fila, uma voz feminina disse:
"Monsieur Loss!"

Já prevendo encrenca, olhei desconfiado. Era a menina que havia me atendido cerca de 50 minutos antes no balcão.
Com um sorriso meio amarelo (e não era por falta de escovar os dentes) ela disse: existe um pequeno problema com a sua passagem, ninguém lhe avisou??

(milagres nunca duram muito comigo)

continua...

terça-feira, janeiro 05, 2010

Não confio em ninguém com 32 Dentes

Pois é... na minha primeira semana no Brasil eu fui ao dentista fazer uma visita de rotina.
Olha daqui, olha dali e tudo estava normal, salvo a tradicional dificuldade de passar o fio dental na arcada inferior. Para desencargo de consciência, o dentista resolveu fazer um raio-x e descobriu que os meus dentes do siso (inferiores) não haviam nascido. Pior... eles estavam pressionando a arcada dentária. Depois desta constatação a frase dele foi:
"você vai ter que tirar isso, cedo ou tarde"

Já que não havia escapatória, eu escolhi a opção "cedo" e a primeira fase foi hoje de manhã.

Por volta das 08:45 eu já estava no consultório do dentista para remover o dente do siso no lado inferior direito. Depois de um pouco mais de 1 hora, umas 6 dúzias de anestesia, muita força por parte do dentista e muita paciência, finalmente o "feliz" saiu. No lugar do dente ficaram 3 pontos uma vertente de sangue e agora a dor (mas só dói quando eu respiro).

Pra variar, comigo nada é fácil. Em alguns momentos eu achei que ele não ira dar conta do recado. Já em outros momentos, parecia que havia uma empreiteira inteira trabalhando dentro da minha boca (contam-se ali todas as ferramentas imagináveis).

Agora parte do meu juízo se foi... e, digamos que como resultado disso tudo, o meu humor não é dos melhores.

Devido ao trabalho que deu, a próxima consulta ficou marcada para o dia 15/01, apenas para avaliação. Segundo o dentista, não seira saudável tentar extrair o outro dente antes do final do mês.

Update: Agora não dói quando eu respiro, dói quando eu viro o pescoço (pra qualquer lado), quando eu engulo algo e quando eu respiro. Que fase!