Cambridge

Depois de alguns convites eu finalmente consegui me organizar e ir pra Cambridge. Na verdade a vontade sempre existiu mas o problema era conciliar trabalho com o preço da passagem.
Num belo dia, falando com um amigo que mora em Cambridge pelo skype e olhando na pagina da EasyJet eu vi que havia passagem de ida e volta por 51€. Foi o tempo de confirmar se ele estaria por la' nas datas e comprar o bilhete.

Sexta-feira, 25 de setembro de 2009 acordei e mais uma vez fui fazer a mala. Na bagagem foi também a previsão de um pouco de frio. Logo depois do meio-dia eu sai de casa pra pegar o ônibus pra ir ao aeroporto. Esperei algum tempo pelo ônibus onde além de mim outras 5 ou 6 pessoas embarcaram e la' fomos nós. Obviamente o ônibus não estava vazio e eu fiz a viagem toda em pé (aproximadamente 1 h). Tudo bem, faz parte...

La' pelas tantas parou do meu lado um tiozinho de mais ou menos 1,60 m de altura, gordinho e com tanta caspa que parecia que ele tinha saído de uma tempestade de neve. Nessa hora aquele sentido (quase um sexto-sentido) que foi rebaixado alguns dias atrás despertou.

**** pausa para definição ****
To achando um saco ter que definir o meu quinto-sentido-e-um-oitavo toda vez que ele da o ar da graça, portanto a partir desse momento ele sera' chamado de sentido-de-aranha-manca. Esse nome sera' mantido aqui nesse blog até segunda ordem, ou até eu achar um nome melhor (que pode ser daqui a 5 segundos ou nunca mais).
**** fim da pausa para definição ****

Pois... o meu sentido-de-aranha-manca disse pra mim... isso não vai cheirar bem. De fato não cheirou nem um pouco bem. Dai eu respirei (não muito fundo pra não ter uma parada cardíaca) e perguntei pra mim mesmo:

"Porque sempre que eu pego esse ônibus tem que ter um desgraçado(a) que fede???"

Para dar mais emoção, quando eu olhei no relógio eu percebi que ainda faltavam uns 40 minutos pra chegar ao aeroporto. Como o ônibus estava lotado, o tiozinho não tinha onde se segurar direito. Então ele ficava quase na ponta dos pés segurando naquela barra laaaa de cima (o famoso "puta-merda"). Isso fazia com que a amplitude e o alcance do odor dele se espalhasse ainda mais.

Felizmente a tal criatura desceu do ônibus depois de uns 10 minutos, mas o cheiro ainda estava impregnado nas minhas narinas.


continua...

um pouco de propaganda propria

A Dani me mandou esse video ja' faz algum tempo e so' agora eu consegui parar pra postar ele:



Qualquer semelhança é mera coincidência ;-)

Confissão: o vicio

Tudo começou com um convite inocente. Foi mais ou menos assim:
"- vamos la', experimenta!! você vai gostar"

Eu respondi:
"- Não, valeu!! Não sou chegado nisso".
"- tudo bem... mas eu sei que você vai se arrepender, é muito legal"
"- mesmo assim eu passo", respondi.

Alguns dias veio outro convite:
"- vamos la'!! experimenta! Tudo mundo acha legal"

Então, num momento de insegurança e de fraqueza eu experimentei pela primeira vez. Confesso que não foi la' grande coisa, porém outros convites vieram e foi ficando cada vez melhor. A frequência aumentou. Primeiro era a cada três semanas, então passou para uma vez semana. O verão chegou, dias mais longos e noites muito mais curtas, sempre acordado. Ao invés de uma vez por semana, eram duas e ocasionalmente três.

Na semana passada so' passou em branco a quinta-feira. Agora levantar cedo de manhã esta' ainda mais difícil. O que era so' no sábado, agora me consome de segunda a segunda.

O pior é que eu não estou nesse barco sozinho. As vezes eu tenho a impressão que um amigo meu esta' pior do que eu. Na verdade eu acho que os dois precisam parar e refletir, mas o vicio é maior, mais forte. Não é pouco comum dele aparecer no Google Talk e falar " ae... bora?" e eu simplesmente não consigo negar. Outras vezes a culpa é minha, sou eu quem chama. Isso ja' não é mais psicológico, mas sim fisiológico. O corpo precisa.

... é meus caros, esse é o problema de começar a dançar salsa.

P.S. - o fator de coordenação motora ainda continua em 4,2 (numa escala de 0 a 10).

Um comentário sobre os comentários

Eu sempre digo que o blog é mais pra mim do que pros outros. Eu me divirto escrevendo as minhas "super-aventuras" (onde na maioria das vezes eu me meto em encrenca - sou quase um chapolin colorado! não contavam com a minha astucia!!!). Entretanto, nos episódios da corrida de F1 (parte 1, parte 2, parte 3 e parte final), o meu maior prazer foi ler os comentários deixados no blog :-) Foi incrível ver o desejo de algumas pessoas pra saber o que tinha acontecido e mais incrível ainda foi saber que vocês, meus poucos (mas muito importantes) leitores gostaram. Em alguns instantes eu cheguei a pensar "Gloria Perez que se cuide", mas obviamente esses momentos foram literalmente instantâneos e eu voltei para a realidade.

Obrigado a vocês!

Esclarecimento: o post constatação não esta' nem um pouco relacionado com a viagem pra Itália ;-) Esse foi um post aleatório que eu fiz devido a um fato ocorrido no ultimo fim de semana, mas essa é outra historia que vai ficar pra outra oportunidade.

constatação

Acabei de rebaixar o meu quinto-sentido-e-um-quarto (não chega a ser um sexto-sentido) para quinto-sentido-e-um-oitavo.

Da próxima vez que eu ouvir aquela voz dentro de mim dizendo pra fazer alguma coisa, eu vou fazer exatamente o contrario.

Um GP de Formula 1 (parte final - ja' era hora...)

Previously on Lost!

... no fim da balada!
- "Ae... ta' afim de ir pro GP de Formula 1 em Monza daqui 3 semanas??"
- "obvio!! bora la'"

... balada!
... sono
na manhã seguinte: momentos constrangedores na frente do espelho e eu digo pra mim mesmo:
- "mas você hein?!?"

pé na estrada, check in no hotel e eles descobriram que havia apenas 2 camas - uma de casal - para passar a noite
momentos de tensão!
- "dois ou um!!!"

... balada!
... sono


Acordei as 6:30 com um susto, era o alarme de incêndio que tocava. O alarme era de verdade, mas ele tocava no celular de um dos brasileiros. Demorou uns 30 segundos para eu entender tudo que estava acontecendo e poder identificar onde diabos eu estava. Levantei ainda sem coordenar direito os músculos do meu corpo(meio cambaleando de sono) e fui pro chuveiro. Um banho é algo sempre revigorante, mas naquela altura do campeonato so' deu vontade de dormir mais. Sai do banho e nesse meio tempo o pessoal também foi tomar banho fechar as mochilas.

As 06:50 o italiano ligou dizendo que ja' estava na porta do hotel esperando por nós. Saímos, pagamos a conta do hotel (o atendente foi tão delicado quanto um elefante numa loja de cristais) e fomos pra casa do italiano que é "do lado" do autódromo. Foi so' o tempo do italiano estacionar o carro na garagem para sairmos. Nós tínhamos que chegar cedo pra pegar um bom lugar (é nisso que da' comprar o ingresso mais "barato").

Como eu disse, o autódromo é do lado da casa do italiano, mas o local onde iriamos ficar tinha que dar uma volta enorme. Assim, pra resumir a peregrinação, imagine o local onde o Judas perdeu as botas, quando você chegar la', caminhe por mais uns 20 minutos, vire a esquerda e ande mais um pouco. Pronto!!! chegamos!

Chegamos??? Sim, mas no local onde estávamos não dava pra ver a pista. Juro!! não dava pra ver a pista. Havia um desnível de mais ou menos 1 metro, uma cerca de segurança, outra cerca de segurança, uma barreira de pneus e dai sim a pista. Resumindo, dava apenas pra ver o telão que ainda ficava atrás de uns galhos. Quando eu vi o local eu pensei... "pô, paguei 70€ pra ficar numa valeta no meio do mato??", ao menos era um lugar com sombra.

Acontece que 4 nerds juntos tinham que achar uma solução para o problema. Como no mundo atual nada se cria e tudo se copia, começamos a observar o que as pessoas ao redor (que estavam literalmente acampadas la') haviam feito. Solução: vamos construir um andaime pra ficarmos em um ponto mais alto.

Foi ali que coloquei em pratica todo o meu conhecimento adquirido no "Manual do Escoteiro-Mirim", mas havia um porém... vamos construir onde? como? com o que?

Escolhemos usar a primeira cerca de segurança como apoio e enquanto dois guardavam a "base", outros dois batedores saiam em busca de matéria-prima para construir o tal andaime. Leia-se matéria-prima como galhos e pedaços de madeira. Ali eu me senti na idade da pedra e o nosso maior desejo naquele momento era ter um instrumento afiado (podia até ser uma pedra amarrada em um osso com cipo') pra poder cortar as pontas dos galhos que havíamos encontrado por perto. Pois bem, não tinha...

Usando os dois banquinhos de um dos brasileiros como apoio e algumas forquilhas foi possível criar a base do nosso precário andaime. Em pouco mais de 30 minutos ele estava pronto. Fizemos alguns testes pra ver se aquela bugiganga iria aguentar o peso dos 4 e finalmente paramos pra descansar um pouco.

Acontece que o descanso não durou muito pois logo começou a Formula BMW. Barulho de motores e alguns pilotos rodando bem na nossa frente. No final dessa corrida a primeira surpresa: o Hino Nacional Brasileiro (e não foi cantado pela Vanuza). O vencedor foi o brasileiro Felipe Nasr.


Na sequência veio a GP2. Mais carros, mais barulho, mais rodadas e mais uma vez o Hino Nacional Brasileiro, dessa vez foi o brasileiro Luiz Razia que venceu a prova.

Antes da F1 ainda teve a Formula Porshe, so' que ali não tinha nenhum brasileiro pilotando.

Finalmente a hora mais esperada: a Formula 1. Desfile dos pilotos, volta de apresentação, muito, muito barulho (so' quem ja' foi na F1 sabe do que eu falo - não existe palavras pra descrever, bom... EU não tenho essas palavras hehehe). O final dessa corrida todos sabem: foi o Rrrrrrrrrrrrrrrrrruuuubbiiiiiiiinhhooooooo quem chegou em primeiro lugar e ouvimos o o Hino Nacional Brasileiro pela terceira vez no dia.

Saldo:
4 corridas;
3 brasileiros em primeiro lugar (quem disse que eu sou pé-frio?);
1 obra de engenharia, ou quase... (o tal andaime);
pouquíssimas horas de sono;
4 horas de viagem de volta a Antibes; e
4 pessoas muito felizes com tudo o que aconteceu (aqui eu não me refiro ao fato dos dois brasileiros terem que dormir juntos numa cama de casal).

The End!

Um GP de Formula 1 (parte 3)

Quando eu vi que eram apenas duas camas a primeira coisa que veio à cabeça foi: "filha da p#&@!!"

Nos olhamos e começamos a procurar qual era o numero da recepção pra tentar trocar de quarto (obvio!). Como era de esperar, não havia nenhum quarto disponível e a solução seria que 2 de nós teríamos que dividir a cama (mal... muito mal!!!). Bom, essa é uma situação no minimo desconfortável...

A alternativa foi tentar a sorte. Decidimos que tiraríamos no "Dois ou Um". Os dois que colocassem o valor igual teriam que dividir a cama.

Os segundos que se passaram foram de máxima tensão até que finalmente a roda da vida girou (suspense... ... ...) e, para o meu prazer e a desgraça dos meus amigos, a cama de solteiro ficou para mim. Obviamente eu não resisti e comecei a rir e festejar enquanto os outros dois ja' começavam a bolar um plano quase maquiavélico para construir uma barreira de cobertores e travesseiros no meio da cama de casal (pelo menos uma vez na vida eu não sai perdendo).

Passada a euforia, todos tentaram descançar um pouco, mas em menos de 40 minutos o italiano ja' estava la' esperando por nós para irmos jantar.


Milão é uma cidade interessante, mas não tem lugar pra estacionar. E' sério, chega a ser assustador. Andamos, andamos, andamos, andamos e nada... então resolvemos ir pra uma pizzaria, mais uns minutos procurando lugar pra estacionar até que "nada" de novo. Voltamos a andar e depois de mais uns 10 minutos finalmente estacionamos.

Depois do jantar o italiano chamou pra ir pra uma balada. Um dos brasileiros resolveu voltar pro hotel, mas como eu acho que é feio recusar um convite acabei encarando mais essa. Fomos pra balada o itaiano, um brasileiro e eu.




O lugar da balada se chama Magnolia. So' pra ter uma noção de quanta gente tinha naquele lugar, da' pra fazer o caminho do hotel até o tal Magnolia em menos de 15 minutos, mas nós levamos uns 40 minutos, tal era o trânsito. Estacionamos, entramos e "festiamos" (momento videirense) até que la' pelas 3:00 am o italiano disse:
"... acho que devemos ir embora, pq eu vou pegar vocês no hotel daqui a 4 horas".

Até sair do lugar e nos despedirmos da galera ja' era passado das 3:30.

Deitei e logo dormi, mas algum tempo depois acordei pq havia uma criatura no quarto que roncava.

... continua

Um GP de Formula 1 (parte 2)

Depois do café, escovei os dentes e so' restava esperar. Na verdade eu ja' imaginava um pequeno atraso pq foi dito que sairíamos entre 08:00 e 08:30. Na duvida, 08:00 eu estava pronto (a mãe ensinou que é feio o caroneiro deixar o motorista esperando) e pra passar o tempo resolvi assistir um episódio de Scrubs (tosco).

As 08:40, depois de dois episódios o pessoal ligou dizendo que eles estavam quase la' em casa. Desliguei o PC, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar... (ops, me empolguei... esqueçam a parte da viola).

Embarquei no carro e tivemos mais 2 pit stops: 1 para pegar outro brasileiro e outro pra tomar um café rápido antes de começar a viagem. Nas 4 horas e pouco que se passaram nós conversamos sobre tudo, mas o tópico principal era F1. O detalhe é que o mais tosco de todos era eu. Eu não sei NADA de F1. So' sei que o Rubinho tem o habito de chegar em segundo lugar... mas tudo bem, eu pude aprender algumas coisas :-)

A cidade de Monza fica do lado de Milão e nós fomos direto para a casa do italiano. A família dele estava nos esperando com almoço.

-- nota especial --
A família do cara é nota 10, além disso tivemos o prazer de provar a comida verdadeiramente italiana :-)
-- fim da nota especial --

Após o almoço o italiano nos deixou no centro de Monza e ele foi cuidar de assuntos pessoais. Andamos por la', vimos uma exposição de fotografias da F1, choveu (mas praticamente não nos molhamos) e vimos uma espécie demonstração de troca de pneus de Formula Nissan.

Por vota das 19:00 horas fomos pro hotel.
Na reserva do hotel constava:

Hôtel : 3 adultes: Best Available Rate Superior Triple Room Bathroom Minibar Safe Air Condition Free Wifi Internet Access Max Occ 3

OK, legal, maaaasss ao entrarmos no quarto a surpresa: 1 cama de casal e 1 cama de solteiro.

...continua

Um GP de Formula 1

Certo dia, na volta de uma balada um amigo disse:
- "Ae... ta' afim de ir pro GP de Formula 1 em Monza daqui 3 semanas??"

Sem entender direito do que ele estava falando pq estava podre de sono respondi:
- "obvio!! bora la'"

depois de 15 segundos...
- "como??? 3 semanas? quanto custa??"

e assim foi... em dois dias ja' sabíamos que iriamos pro GP de F1, mas a única coisa certa era que iriamos em 3 brasileiros e um italiano (que eu não conhecia). A idéia seria de alugar um carro e sair ou no sábado a tarde ou na manhã do domingo (cedinho).

Ja' na quinta-feira (10/09) os primeiros problemas logísticos começaram.

Aluguel do carro...

- "Acho que não vai dar pra alugar o carro", falou um amigo
- "como assim??"
- "Os preços estão muito altos. Uma alternativa é ir com o carro do italiano e ficar em um hotel".

Conversa vai, conversa vem e detalhes mais uma vez acertados. O Hotel era em Milão e o italiano ficou de nos buscar pra ir pra corrida.

Então ficou decidido de sairmos entre 8:00 e 8:30 no sábado de manhã.

Obviamente que na sexta-feira antes da viagem eu não fiquei em casa. O resultado é que eu fui dormir depois das 03:00 am e acortei as 06:40 (com eu aguento??).

Em momentos como esses eu fico me perguntando: o que é pior, bebida ou sono? Explico: levantei sem ter acordado e fui fazer a barba, mas ao invés de pegar o creme de barbear eu peguei o creme dental. So' depois de abrir a tampinha que eu me dei conta da besteira que eu estava fazendo. Olhei no espelho com aquela cara de peixe-morto e dei uma sorriso sem graça pra mim mesmo. Fiz a barba e fui para o chuveiro, um banho que era pra ser de 5 min foi de 15 pq eu acho que eu dei uma cochilada, mas blz... depois de me secar fui passar o desodorante e outra vez eu quase me matei de vergonha. Eu peguei o protetor solar (q tb é em forma de spray). Ainda bem que não tinha ninguém por perto pra ver a cena. Ao me dar conta da bobeira, respirei fundo e me olhei no espelho pensando "mas você hein?!?", peguei o frasco certo e fui tomar café. Foi durante o café que eu consegui morder a minha própria língua e o meu lábio.


...continua

9 anos

Posso dizer que o dia 11 de setembro de 2000 mudou a minha vida. Foi nessa data que eu sai laaaa' do meio do mato (a não tão pacata cidade de Videira) e fui morar na capital (Florianopolis - que chique!!). Recém formado, com muita insegurança, ainda muito a aprender e duas malas.

Os primeiros dias foram difíceis. Cheguei em Floripa na segunda-feira de manhã e na quinta a noite ja' estava voltando pra Videira (saudades, saudades!!). Aposto que muita gente comentou: "esse ai não dura muito longe da saia a mãe". Acontece que a minha teimosia foi maior e no domingo la' estava eu na rodovia'ria para outras 9 horas de ônibus.

O tempo foi passando e nesses 9 anos eu confesso que muita coisa mudou, aprendi a usar o meu "se-virômetro", fui machucado e provavelmente machuquei algumas pessoas, cresci pessoalmente e profissionalmente. Fiz o meu mestrado (e como apanhei), comecei o doutorado, morei na Europa, voltei pro Brasil, terminei o doutorado, voltei pra Europa, aprendi a nadar no meio de uns "tubarões". Nesse período eu conheci lugares magníficos, fiz grandes amigos e fiquei longe de outros bons amigos, mas com certeza esses que estão longe têm um espaço reservado no meu coração (mas se não acertarem aluguel serão despejados!!!) e luta continua pq o universo é o limite.

Apesar de tudo isso o meu sotaque continua praticamente o mesmo e eu me orgulho de ainda dizer "tomei bastantE leitE quentE" :-)

Bom... escrevi tudo isso so' pra dizer que se eu cheguei até aqui é por causa de vocês: meu pai Daniel e minha mãe Albina. Foi graças ao apoio incondicional e alguns puxões de orelha que tudo isso foi possível. Apesar de muitas vezes não ser capaz de dizer isso (que burro, da' zero pra ele!!) eu quero que vocês saibam que eu AMO muito vocês.

Esse post é pra vocês!!
Um grande beijo.

Uma aula de salsa, uma diversão e... um cheiro

Aqui vai uma tentativa de post:

Como eu ja' deixei claro algumas vezes por aqui, o esporte mais praticado da Côte D'Azur não é o futebol, nem o basquete e muito menos a natação (apesar do campeão francês - que ja' perdeu 2 vezes pro César Cielo - treinar aqui). O esporte local é a salsa.

Eu como bom esportista me engajei na tal modalidade e isso tem feito um bem enorme pois ajuda a manter o meu fisco de taquara, caso contrario eu ja' estaria pesando uns 800 Kg, e ainda melhora a minha coordenação motora.

No geral as aulas são divertidas. Não existem casais fixos durante a aula e todos dançam com todos. Isso tem o lado bom pq você sempre vai dançar pelo menos um pouco com aquela menina bonitinha ;-) Entretanto, tem dias que mesmo o mais empolgado como eu não tem paciência. Um exemplo foi segunda-feira: la' estava eu na aula e depois de alguns passos foi hora de trocar de par. Eis e veio uma senhora dançar comigo. O fato de ela ser mais "manca" que eu não é problema, pois afinal todos estão la' pra aprender. Acontece é que a (des)agraciada senhora recém tinha fumado um cigarro (5 min antes de começar a aula) e além do bafo-mata-leão da figura, as minhãs mãos ficaram catingando. Bom... pelo menos essa ainda não estava com aquele odor de asa :-)

Que fase!

Aqui vai uma amostra :-)



um dia eu chego la'!!!

um blog meio abandonado?

O blog anda meio abandonado, eu sei, eu sei!

O problema é que eu não estou com inspiração pra escrever. O Rob Gordon la' no Champ ja' escreveu sobre isso (muito bem escrito por sinal) e eu não preciso dissertar mais sobre o assunto, até pq eu nem conseguiria mesmo ;-)

Em breve voltaremos com a programação normal... ou não, vai saber?!

Mônaco e a sua miséria

Ontem a noite fui até Mônaco pra uma balada. O lugar se chama Karement. Cheguei relativamente cedo pq havia a "promessa" de ter salsa (essa coisa vicia, sabia?). Entrei e esperei, esperei e, finalmente, esperei. No site dizia que a salsa começava as 19:30. Cheguei as 20:30 e nada.

Eis que as 21:30 a tal "aula de salsa" começou (alguma semelhança com o Brasil?). Mas pra minha surpresa, aquilo não era bem uma aula, nem tinha como ser mesmo, pq haviam 4 homens e umas 25 mulheres (muitas delas com sérios problemas de coordenação motora).

Depois da tal aula veio a musica considerada normal por muitos: sucessos dos anos 80.

Festa a parte, Mônaco é Mônaco. So' pra ter noção de como o povo la' em miserável, na frente do lugar estavam estacionados (nessa ordem exatamente), uma Ferrari, dois Audi R8, outra Ferrari, umas 3 Mercedes (praticamente um fusca) um Rolls Royce gigante, um Bentley e outros carrinhos desse tipo.

Nessas horas que eu percebo como eu sou pobre!

Dica do dia

Sempre, sempre, sempre guarde uma copia dos e-mails enviados e recebidos. Eles podem evitar muita dor de cabeça (isso, claro, se você tiver feito a coisa certa hehe)

"réfléchindo" - o retorno!

Essa é uma frase que um amigo meu soltou ontem numa conversa:

"damned if you do, damned if you don't"

...e sabe que faz sentido?

"Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada..." (by Engenheiros do Hawaii)